Os transportes públicos em Portugal, mais concretamente em Lisboa, continuam a dar que falar.

Desta vez, a novidade que trazem é positiva, muito inovadora e abrange os autocarros da Carris.


Se achavas que o óleo alimentar usado servia apenas para mais uma ronda de batatas fritas, e depois tinha de ser descartado, fica a saber que um projeto-piloto encontrou uma nova função para ele.


Os autocarros da carreira 794, que fazem o percurso entre o terminal Sul e Sueste e a Gare do Oriente, percorrem agora a capital com energia Zero Diesel B100, que dá “uma nova vida a óleos alimentares usados em cozinhas”, de acordo com o comunicado partilhado no site da Carris.


A informação foi avançada pelo laboratório de inovação do Hub Criativo do Beato que anunciou o arranque da operação “Beato Biobus”, um projeto-piloto que surgiu em 2022.

O projeto Beato Biobus quer contribuir para a redução de emissões de CO2 e promover a reciclagem”, pode ler-se na nota sobre os objetivos da iniciativa.


O programa recolhe parte do óleo alimentar “em 15 escolas da zona oriental de Lisboa, envolvendo, assim, mais de 4.500 alunos do pré-escolar ao secundário e toda a comunidade escolar nesta solução inovadora”, revela a nota do laboratório.


A nota indica, ainda, que o óleo depois de recolhido é encaminhado para um centro de produção em Ílhavo, Aveiro, para ser transformado no biocombustível Zero Diesel B100, fonte de energia destes autocarros.


O Presidente do Conselho de Administração da CARRIS, Pedro de Brito Bogas revela que o projeto “une vários pontos críticos na promoção de um melhor ambiente, começando, desde logo, com uma ação de educação ambiental que envolve milhares de crianças das escolas da Zona Oriental de Lisboa; promove a reciclagem de resíduos; ajuda a poupar os recursos hídricos; reduz as emissões de CO2 e contribui para que Lisboa seja, efetivamente, neutra em carbono até 2030”.