Entrou esta semana em circulação a moeda de 5 euros.

Eu ainda não vi nenhuma. Qualquer pessoa pode vir ter comigo com um pequeno disco de ferro onde escreveu 5 euros, até pode estar mal escrito, tipo “5 aerios”, eu acredito e aceito.

Não sei o que sentir em relação à moeda de 5 euros, se calhar nem devia sentir nada, mas pagam-me para sentir coisas, por isso vou sentir coisas.

A primeira é, era assim tão preciso uma moeda de 5 euros?

Eu sinto que estamos a ir contra a tendência, já ninguém quer ter moedas e nós: “Aí é? Então toma lá aqui uma. O que é que as pessoas sabem? Não sabem nada!” Também não queriam discos e o mercado do vinil está forte!

Atenção, digo nós, porque a moeda de 5 euros é portuguesa. Foi criada pelo Banco de Portugal, é prateada e faz parte de uma coleção com imagens de Heróis e figuras míticas. Há 5 tipos.

No ano passado, já tinha sido lançada uma com imagens de dinossauros.

Heróis, dinossauros… é de mim ou quem está a selecionar os temas é uma criança?

“Filho, o que é que pomos na moeda? Uma esfera armilar?”

“NÃOOO, METE UM DINOSSAURO! RAWWWR”

E se fosse uma figura importante portuguesa?

“NÃO, METE HERÓIS!”

Espero que a próxima seja da porquinha Pepa, que ele também gosta muito.

E depois provavelmente da Patrulha Pata.

Agora, vamos falar do problema. Moeda de 5 euros tudo bem, mas incomoda-me, contudo, que continuemos com a moeda de 1 cêntimo e de 2 cêntimos que não servem para nada e que a porcaria da máquina de café nem aceita (e o parquímetro também não).

Vou aproveitar que estou embalado e nomear algumas coisas que existem, mas não fazem sentido:

- Recibos gigantes em papel. Não fazem sentido, poluem e ficam no carro até não terem tinta e serem só uma tira de papel gigante.

- Faxes. Faxes?? Malta, dizer que vais mandar um fax, em 2024, só significa uma coisa e não é mandar um fax.

- Segways… pode ser inútil, mas ao menos também pareces um totó.

Nunca se ouviu uma mulher dizer “sabes o que é que me apetecia agora… um homem a sério, sabes? Daqueles que têm um segway.”

Polícias em segways, então.

“Vamos atrás dele!!! Ahhhh subiu umas escadas… que azar, não podemos levar o segway!

Bom, também não se pode apanhar toda a gente”

- Molduras digitais. Percebo que achássemos que ia ser giro… mas ninguém tem paciência para o processo de carregar lá as fotos.

Tipo as impressoras que imprimem fotos do telemóvel, a ideia era gira… mas não serve para nada.

Um bocado como uma moeda de 5 euros.