Graça Freitas, ex-diretora-geral da Saúde, tornou-se uma figura incontornável na luta de Portugal contra a COVID-19. Durante meses a fio, foi a voz que guiou o país através da incerteza, da angústia e do medo, perante um vírus que todos desconhecíamos, e tomando decisões difíceis, mas sempre com um único propósito: salvar vidas. O que não sabíamos, porém, era que, enquanto enfrentava uma crise de saúde pública sem precedentes, Graça Freitas travava também uma batalha silenciosa e pessoal - uma luta contra o cancro da mama.


Só agora, quatros anos depois, é que Graça Freitas revelou este período difícil pelo qual passou, durante uma entrevista no podcast "Tenho Cancro e Depois?", ao lado de Fátima Vaz, diretora do serviço de Oncologia Médica do IPO de Lisboa.


Graça Freitas explica que, na altura, ninguém sabia da doença, uma decisão que tomou para proteger a mãe de 94 anos. Aliás, a mãe nunca soube dos três cancros que Graça Freita enfrentou: na mama, no colo do útero e na pele. Com um grande foco e resiliência, Graça Freitas conseguiu conciliar as sessões de radioterapia com as exigências de gerir uma pandemia.


"O cancro era uma espécie de nevoeiro, umas vezes com medo outras com mais pânico, mas a minha prioridade era a pandemia", revelou no podcast.



(Imagens: Reprodução TVI)