O coronavírus alterou muita coisa nas nossas vidas e modificou também - e naturalmente - a forma como nos cumprimentamos. A exigência de distanciamento social tirou-nos a proximidade física, tirou-nos os abraços, os beijinhos e os apertos de mão. Todo este tipo de afetos ficou, para já, suspenso.

Os nossos habituais cumprimentos deram lugar à meiga cotovelada em substituição do tão latino beijinho ou do passou-bem ou do abraço.

Na era-covid, sempre que encontramos alguém, um amigo, um familiar ou um colega acontece um cumprimento com o cotovelo. Mesmo quando encontramos aquele colega da escola que não vemos há 10 ou 20 anos... é o toque no cotovelo que substitui aquele abraço de saudades que sempre demos toda a vida!

O cumprimento com o cotovelo é, de facto, já um hábito em quase todo o mundo. Só que, deve ser alterado também, segundo a OMS.



A Organização Mundial da Saúde reforçou que este cumprimento não é seguro e, por isso, está a desaconselhá-lo a todos aqueles que o fazem. Isto porque o toque entre cotovelos envolve contacto físico, ou seja, proximidade e, como sabemos, devemos criar distanciamento social.


“Ao cumprimentar as outras pessoas, o melhor é evitar cotoveladas, porque estas colocam-nos a menos de um metro de distância da outra pessoa” disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, citado pelo New York Post.


A par do cotovelo, estão também desaconselhados os cumprimentos com os pés e com os punhos fechados.



Também Carlos Fuente Lafuente, diretor do Centro de Treino de Protocolos do ISEMCO e ex-responsável pelo protocolo da Fundação Princesa das Astúrias, disse que “o toque de cotovelo a que temos assistido tanto, na minha opinião, é uma saudação de mau gosto, anti-higiénica, que não cumpre as normas sobre o distanciamento social”, em declarações ao jornal espanhol ABC.


Depois deste conselho e dos vários avisos, muitos perguntam, agora, qual é o cumprimento ideal a fazer quando se encontra alguém?


Como alternativa, o diretor-geral da OMS sugere o gesto de levar a mão ao coração, mantendo sempre uma distância de 1,5 metros em relação a outra pessoa.



Vivemos novos tempos e devemos adotar novos costumes para o bem de todos nós.

Lembra-te sempre: o importante é protegeres-te a ti e a todos aqueles que te rodeiam!