Morreu o cão mais famoso da margem sul e, agora, a população quer erguer-lhe uma estátua

Na semana passada, no Dia Mundial do Animal, a margem sul viu partir o seu mais ilustre e querido habitante de quatro patas, o inesquecível Ladrão.

Foram 17 anos de histórias que ficarão guardadas para sempre na memória de quem teve o prazer de se cruzar com Ladrão.

Agora, os almadenses querem erguer uma estátua a Ladrão, o cão mais famoso da margem sul. O seu olhar expressivo e a sua natureza afável tornaram-no uma figura icónica na margem sul.

Mas nem sempre a vida deste cão foi um mar de rosas.

Passou anos nas ruas de Almada, onde encontrou a sua liberdade, mas também enfrentou os desafios e perigos da vida ao relento. No entanto, a vida tem uma maneira enigmática de nos surpreender e para Ladrão não foi exceção.

Em 2018, Ladrão encontrou um novo lar, uma casa cheia de amor e cuidados, graças à generosidade de Elsa Ribeiro, segundo conta o site PiT. E por ali permaneceu até aos seus últimos dias.

As homenagens a Ladrão multiplicam-se nas redes sociais. "Nunca serás esquecido. A tua missão foi concluída. Uma lição, um exemplo. Ensinaste-nos que um animal comunitário é possível. Que o Amor vence tudo. Ladrão Almada, roubavas a carne dos grelhadores dos restaurantes em Cacilhas, mas também acompanhaste muitos filhos de Almada no caminho de casa/escola. Foste amável e fizeste-nos amáveis contigo. Foste o cão de rua mais amado e respeitado do nosso concelho e foste condecorado pela própria Câmara Municipal de Almada. O nosso Rafeiro de Ouro. Muitos te amaram, todos te respeitaram e todos te lembraremos. Gostava de em vida ver a tua estátua erguida no jardim de Almada, bem naquela relva onde tantos conquistaste com tua serena companhia", lê-se num dos comentários deixados.

Quem sabe se o nome de Ladrão não fica mesmo para sempre eternizado em Almada.

(Imagens: Facebook)