Mais uma escola portuguesa que proibiu os telemóveis e este é o resultado

Foi uma medida que teve origem depois de uma série de incidentes que aconteceram no ano passado

Jéssica Santos
Jéssica Santos


Os telemóveis são cada vez mais um objeto que promove o isolamento. Enquanto estamos com os olhos postos no pequeno ecrã, há toda uma vida a passar à nossa volta. E, numa fase onde brincar e conviver é mais essencial do que nunca, são muitas as escolas que têm adotado a proibição dos telemóveis para que as crianças possam ser isso mesmo: crianças com tempo e disponibilidade para brincar e conviver.


Em Portugal, esta é uma medida que está presente em algumas escolas e que se está a proliferar cada vez mais. Em 2017, foi o caso da escola EB 2/3 António Alves Amorim de Santa Maria da Feira e, agora, mais recentemente, foi a Escola Básica Integrada (EBI) de Fragoso, em Barcelos.

A proibição dos telemóveis nesta escola de Barcelos foi recebida com aplausos por parte dos pais e aceite de bom grado pelos alunos, do 1.º ao 9.º ano. E agora, um mês depois, o diretor, Manuel Amorim, está radiante com os resultados desta decisão, afirmando, ao jornal O Minho, que o ambiente escolar nunca foi tão animado.


Tudo começou devido a uma série de incidentes no ano letivo anterior, com alunos a tirar fotografias nos balneários e a fazerem ameaças nas redes sociais. A escola decidiu então implementar a proibição dos telemóveis, este ano, e ver como é que os pais e os alunos reagiriam. A resposta não podia ter sido melhor!

Os pais apoiaram a medida de forma entusiástica, e os alunos, até agora, têm seguido a regra sem problemas. O diretor da EBI de Fragoso ressalta a grande transformação que houve na forma como se vive agora a escola. Os alunos convivem, conversam e brincam.



A escola não controla severamente a entrada dos telemóveis e, até então, os alunos têm cumprido a regra. Apenas aqueles que são apanhados com telemóveis no recinto escolar enfrentam punições, como ficar sem o telemóvel, que é depois entregue aos encarregados de educação. Se forem apanhados uma segunda vez, o telemóvel não é devolvido até ao final do ano letivo.

Felizmente, até agora, não foi preciso pôr nada disto em prática. Manuel Amorim refere que a medida tem sido um sucesso e que os pais desempenharam um papel crucial no processo, ao concordarem com esta medida. O diretor acredita que, ao banir os telemóveis, a escola está a incentivar as crianças a ser... crianças!




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