Mais uma escola portuguesa que proibiu os telemóveis e este é o resultado
Foi uma medida que teve origem depois de uma série de incidentes que aconteceram no ano passado
Os telemóveis são cada vez mais um objeto que promove o isolamento. Enquanto estamos com os olhos postos no pequeno ecrã, há toda uma vida a passar à nossa volta. E, numa fase onde brincar e conviver é mais essencial do que nunca, são muitas as escolas que têm adotado a proibição dos telemóveis para que as crianças possam ser isso mesmo: crianças com tempo e disponibilidade para brincar e conviver.
Em Portugal, esta é uma medida que está presente em algumas escolas e que se está a proliferar cada vez mais. Em 2017, foi o caso da escola EB 2/3 António Alves Amorim de Santa Maria da Feira e, agora, mais recentemente, foi a Escola Básica Integrada (EBI) de Fragoso, em Barcelos.
A proibição dos telemóveis nesta escola de Barcelos foi recebida com aplausos por parte dos pais e aceite de bom grado pelos alunos, do 1.º ao 9.º ano. E agora, um mês depois, o diretor, Manuel Amorim, está radiante com os resultados desta decisão, afirmando, ao jornal O Minho, que o ambiente escolar nunca foi tão animado.
Tudo começou devido a uma série de incidentes no ano letivo anterior, com alunos a tirar fotografias nos balneários e a fazerem ameaças nas redes sociais. A escola decidiu então implementar a proibição dos telemóveis, este ano, e ver como é que os pais e os alunos reagiriam. A resposta não podia ter sido melhor!
Os pais apoiaram a medida de forma entusiástica, e os alunos, até agora, têm seguido a regra sem problemas. O diretor da EBI de Fragoso ressalta a grande transformação que houve na forma como se vive agora a escola. Os alunos convivem, conversam e brincam.
A escola não controla severamente a entrada dos telemóveis e, até então, os alunos têm cumprido a regra. Apenas aqueles que são apanhados com telemóveis no recinto escolar enfrentam punições, como ficar sem o telemóvel, que é depois entregue aos encarregados de educação. Se forem apanhados uma segunda vez, o telemóvel não é devolvido até ao final do ano letivo.
Felizmente, até agora, não foi preciso pôr nada disto em prática. Manuel Amorim refere que a medida tem sido um sucesso e que os pais desempenharam um papel crucial no processo, ao concordarem com esta medida. O diretor acredita que, ao banir os telemóveis, a escola está a incentivar as crianças a ser... crianças!