Mais do que um regime alimentar, ser vegan é um estilo de vida que exclui totalmente o consumo de qualquer tipo de produto de origem animal. E, agora, há uma tendência que está a conquistar mais adeptos: vegansexuais. São vegans que não se envolvem sexualmente com pessoas que comem carne. Para estas pessoas, carne é só mesmo a viva.


Em 2007, Annie Potts, codiretora do Centro Neozelandês de Estudos Humano-Animal da Universidade de Canterbury, realizou um estudo com 157 vegans, dos quais 120 eram mulheres. Na altura, 63% disseram que tinham (ou queriam ter) um parceiro que também estivesse preocupado com os animais como eles. Apesar de alguns se mostrarem mais flexíveis do que outros, houve uma resposta que acabou por se destacar. Uma vegan de 41 anos disse que "não gostaria de ser íntima de alguém cujo corpo é literalmente feito de corpos de outros seres que morreram para sustentá-lo".



Aí começou a surgir aquela que é uma tendência que está a conquistar mais vegans, o vegansexualismo. Até porque, em 2016, uma pesquisa do SpeedDater descobriu que 56% dos vegetarianos e vegans "disseram que dispensariam ter um encontro com um comedor de carne", uma percentagem semelhante à do estudo de 2007.

Se dúvidas houvesse, Robb Masters, membro da Vegan Society, que realiza um evento regular chamado London Vegan Meetup, que é como o nome indica um encontro grátis para vegans, desde 2011, revela à Vice que viu o número de membros passar de 750 para mais de oito mil. O que nos leva a crer que está é uma tendência que veio para ficar.


Existe até uma aplicação, disponível, também em Portugal, que se chama Veggly, que foi criada em 2018, para colmatar a dificuldade dos vegans em encontrarem alguém que compartilhe os mesmos valores que os deles. "Para mim, faz sentido optar por me relacionar com pessoas com o mesmo estilo de vida que o meu", diz Alex Dornelas Felipelli, o criador da Veggly, ao Público.