A semana de quatro dias de trabalho pode estar prestes a ser uma realidade em várias empresas portuguesas. Após a ideia ter sido primeiro testada em outros países, o governo decidiu implementar o projeto-piloto em Portugal!


Até este momento, não estão apenas empresas interessadas em adotar esse novo método de trabalho.


A Federação Académica do Porto anunciou que quer testar a semana de quatro dias de aulas no Ensino Superior e já o fez saber ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, através de uma proposta enviada.


A proposta estende-se a todas as Instituições de Ensino Superior (IES) e pede que exista "um período de implementação" que seria o primeiro semestre do próximo ano letivo, tal como escreveu o jornal Público.


Inicialmente, a implementação dos quatro dias de aulas chegaria às licenciaturas e mestrado integrado, nos segundos, terceiros e quartos anos.


O projeto quer alargar-se às faculdades para tentar "reduzir a carga horária em contexto de sala de aula e promover a inovação pedagógica através de novos métodos de ensino-aprendizagem", de acordo com a Federação Académica do Porto.


Nos quatro dias de aulas por semana, o objetivo não é que as faculdades funcionem apenas nesses dias. Espera-se que exista "uma reorganização da jornada de aulas", tal como a presidente da Federação Académica do Porto, Ana Gabriela Cabilhas, explicou, citada pelo jornal Público.


Para tal, é necessário testar e aplicar esta proposta!



É esse o ponto de partida da Federação Académica do Porto, que afirma que "o formato das aulas, sobretudo no que respeita às componentes teóricas, ainda assenta num modelo predominantemente expositivo, com comunicação unidireccional e participação passiva dos estudantes".


Além de todas as razões enunciadas no documento enviado ao Ministério, um dia útil livre vai fazer com que os jovens tenham mais tempo para participarem em "atividades desportivas, culturais, associativas ou de voluntariado, seja na Instituição de Ensino Superior, seja na cidade de estudo".


A proposta da Federação Académica de Lisboa é sustentada ainda com a informação, de acordo com a instituição, de que "Portugal está entre os países europeus que detêm valores mais elevados de carga horária".