Fossem todos como a Rosário e a habitação não seria um problema, em Portugal.

Os jovens teriam condições para saírem mais cedo de casa dos pais, começarem a sua independência e a sua família. Infelizmente, não é o que acontece e casos como este tornam-se a exceção e não a regra.

É a máxima "não posso mudar o mundo, mas posso mudar a vida de alguém". Neste caso, esta mulher está a fazer a diferença na vida de 15 jovens e seis crianças. A história é contada pelo Público que falou com a própria Rosário Olaio, que reabilitou um prédio em Odivelas, onde arrenda apartamentos a preços acessíveis a jovens entre os 25 e 35 anos - um T4 custa 550 euros por mês.


Rosário sabe as dificuldades pelas quais as pessoas, que estão à procura de casa, passam e não ficou alheia a isso. Chegou o dia de ficar com um prédio seu, em Odivelas, desocupado - anteriormente estava arrendado ao Ministério da Saúde, que fazia do prédio um centro de saúde - e surgiu-lhe a ideia de criar um miniprograma de arrendamento acessível.



As obras arrancaram antes da covid-19 e duraram 11 meses. Para recuperar os oito apartamentos do prédio, Rosário gastou no total mais de 300 mil euros. Neste momento, Rosário tem como inquilinos músicos, militares, um psicólogo, uma advogada e um juiz, uma enfermeira, um funcionário de uma bomba de gasolina, a quem fez um contrato de cinco anos. Depois deste período, logo vê o que acontecerá, mas diz que vai avaliar caso a caso.


Esta história relembra também a do senhorio espanhol que se tornou notícia por não aumentar a renda dos inquilinos - uma coisa que outrora nem teria destaque.