Marlene Schiappa é responsável pela área de Economia Social e Solidária e da Vida Associativa, em França, e está habituada a agitar as águas com algumas controvérsias em que se vê envolvida.
Para além de Secretária de Estado, é também ativista e foi isso que fez mais uma vez. Posou para a revista Playboy, só que nem todos concordaram com a sua perspetiva e acabou por gerar alguma polémica.
Marlene Schiappa queria mostrar que "as mulheres têm o direito de fazer o que quiserem com os seus corpos: em todo o lado, a toda a hora", tal como escreveu no Twitter. "Em França as mulheres são livres. Mesmo que isso incomode os retrógrados e hipócritas."
Porém, desta vez, até a primeira-ministra, Élisabeth Borne, se insurgiu, segundo o site BMFTV, e considerou que esta não foi a melhor ocasião para aparecer na revista, numa altura em que França atravessa um período de crise social, com os franceses na rua a protestar contra a idade da reforma.
Já a Playboy saiu em defesa da secretária de Estado. O editor da revista, Jean-Christophe Florentin, disse à AFP, citado pelo site Le Monde, que Marlene Schiappa é a ministra do Governo "mais compatível com a Playboy, porque está ligada aos direitos das mulheres e entendeu que não é uma revista para velhos machos mas que poderia ser um instrumento para a causa feminista". Ao longo das 12 páginas em que aparece, a Secretária de Estado fala sobre os direitos das mulheres, dos homossexuais e o direito ao aborto.
Marlene Schiappa está no governo francês desde 2017. Em 2018, era secretária de estado da igualdade e foi o nome por detrás da legislação que proibia os piropos e assédio nas ruas.
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