Foi dado o tiro de partida para a 110.ª edição da Volta a França, um dos maiores eventos desportivos do ano, no sábado passado, e, em poucos dias, já aconteceram alguns contratempos. E não estamos a falar daqueles que são feitos pelos ciclistas em prova.
No domingo, entre as localidades Vitória e San Sebastián, no País Basco, algo de insólito aconteceu. Os ciclistas em prova foram surpreendidos por pioneses que lhes furaram os pneus. Foram vistos entre 15 a 20 pioneses espalhados na estrada.
Suspeita-se, de acordo com a Tribuna Expresso, que tenham sido, "maldosamente, colocados no asfalto", com o objetivo de prejudicar os atletas de algumas equipas.
O jornal El Mundo escreveu que a maioria dos atletas da Cofidis sofreram com este "ataque", na última fase da corrida.
Um dos outros afetados foi o ciclista francês Lilian Calmejane, da Intermarché-Circus-Wanty, que denunciou o sucedido no Twitter e agradeceu, ironicamente, "por esta estupidez" aos autores desta brincadeira de mau gosto. O mesmo ciclista dirigiu-se ainda aos "imbecis" e disse-lhes "que saibam que podem fazer muito dano com as vossas estupidezes".
Perante este insólito incidente, a polícia autónoma do País Basco está a investigá-lo e já tem 11 pessoas na mira. Ao que parece, as autoridades identificaram um grupo, em Vizcaya, que tinha intenções de interromper a prova e que segurava uma tarja.
Até ao momento, a Volta a França prossegue, sendo que decorre até 23 de julho, mas os atletas visados querem ver punidos aqueles que os prejudicaram.
Nesta prova, considerada a maior do ciclismo mundial, os ciclistas podem atingir os 100 quilómetros por hora em cima de uma bicicleta, pelo que um furo de um pionés influencia, claro a velocidade e até pode contribuir para possíveis quedas.
(Imagens: Reuters)