Esta semana, de 1 a 6 de agosto, todas as atenções vão estar em Portugal, mais propriamente em Lisboa, cidade escolhida para receber a Jornada Mundial da Juventude. São esperadas mais de um milhão de pessoas e já está tudo quase a postos para viver este grande encontro de jovens.


Peregrinos, bandeiras, cartazes e zero velas. Como é um encontro religioso, seria de esperar a presença de velas, objeto simbólico muito usado em procissões, por exemplo, mas não. A Jornada Mundial da Juventude não terá velas e, até ao momento, a razão não foi apresentada.


Já pensaste, por exemplo, no impacto ambiental que as velas têm? Segundo o relatório Clean Air Strategy, de 2019, do governo do Reino Unido, as velas podem ser prejudiciais ao meio ambiente e à saúde. Isto porque a maioria das velas é feita com cera de parafina, um subproduto de petróleo bruto. Por isso, quando acendes uma vela de parafina estás basicamente a queimar combustíveis fósseis dentro de casa.


Depois, a queima de parafina com embalagens não recicláveis e fragrâncias que contêm ftalatos, substâncias associadas a problemas de saúde, tornam as velas pouco amigas do ambiente e da saúde.



São assim todas as velas? Não.


A alternativa mais conhecida à cera de parafina é a cera de soja. Só que isso traz outros problemas: a cera de soja requer um processamento químico intensivo para ser transformada em óleo e a WWF levantou outras preocupações relacionadas com a desflorestação, principalmente na América do Sul, associado ao aumento da procura por soja.


Também existe a cera de abelha, que queima lentamente, sem libertar substâncias tóxicas. No entanto, não é vegana e existem implicações éticas a respeito da sua extração.


Antes de comprares uma vela, é importante perceberes a sua origem e ingredientes. Nunca se sabe o que está em causa no seu fabrico.


Será, então, esta uma das muitas razões pela qual não há velas na Jornada Mundial da Juventude?