Uma viagem do Egito para Portugal teria tudo para ser tranquila para quem embarcou no avião. A vontade de voltar a casa, ao fim de alguns dias, já era alguma e, por isso, esperavam que o voo de regresso fosse tudo menos um pesadelo.
Só que, na verdade, foi exatamente isso que aconteceu…
Os passageiros de um voo da Red Sea Airlines embarcaram com destino ao aeroporto Sá Carneiro, no Porto, depois de umas férias no Egito.
Desde logo, o grupo de 180 passageiros, entre os quais portugueses, deparou-se com um atraso de 11 horas. Segundo a NiT, o avião deveria ter partido do aeroporto de Hurghada por volta das 9h00 da manhã, mas só o fez às 20h da noite.
Inicialmente, o voo foi adiado para as 17h, depois para as 18h30 e, por fim, para as 20h, sendo que, segundo uma das passageiras, a companhia aérea não soube explicar o que estava a acontecer.
Quando se deu, finalmente, o momento do embarque, uma das passageiras, Diana Domingos, citada pela NiT, contou que uma pessoa “falou com o comandante para tentar saber o que se passava e (…) disseram que não tínhamos nada a ver com isso”.
Pensaram que o pior tinha passado, mas a verdade é que os passageiros voltaram a ser surpreendidos pela negativa…
Durante o voo, já perto do aeroporto do Porto, as máscaras de oxigénio caíram sobre as cadeiras, assustando, dessa forma, os passageiros. Aqueles que estavam nas filas de frente contaram que ouvir um “ruído imediatamente antes da despressurização de toda a cabine e sentiram uma passagem de ar frio”, tal como deu conta a NiT.
“A primeira coisa que senti foi a perda de altitude. Depois senti uma forte dor de ouvidos e de cabeça e já não fui capaz de colocar a máscara. O meu corpo não me obedecia, era como se estivesse a adormecer, a cabeça a descair”, contou um dos passageiros.
Em poucos minutos, houve pessoas a vomitar e a desmaiar, incluindo as hospedeiras de bordo.
“Chegou uma hospedeira, nervosa, a dizer para colocarmos as máscaras. Já havia alguns passageiros desmaiados, foi uma grande confusão”.
O caos e o pânico instalaram-se entre os passageiros, sendo que uns chegaram a ficar “roxas pela falta de oxigênio”, relatou Diana Domingos.
Assim que o avião aterrou na pista do aeroporto do Porto, os passageiros foram assistidos por uma equipa médica que tinha sido chamada ao local.
No entanto, até ao momento, “os passageiros continuam sem saber” o que aconteceu, uma vez que “ninguém prestou declarações, nem durante aquele momento, nem mais tarde”.
(Imagens: Redes sociais)