Atenção, se compras azeite, então isto é para ti!

O azeite em Portugal está a passar por um momento desafiante! O preço nunca esteve tão alto e isso está a trazer outro tipo de consequências para além da mais óbvia: o peso na carteira. Há azeites "falsos" a circular pelas prateleiras do supermercado, fazendo-se passar por extra virgens e virgens quando, na verdade, são uma mistura com refinados.


Parece que temos um caso de "gato por lebre" nas mãos. Há quem esteja a tentar ganhar mais vendendo por menos - neste caso, em termos de qualidade. Misturam azeite refinado com os de alta qualidade para atingir os padrões necessários e, assim, enganam os consumidores.

Vasco Santos, da Escola de Ciências da Universidade do Minho, decidiu tomar medidas contra este plano enganador e desenvolveu um método eficaz, rápido e não invasivo para detetar essas adulterações. Para isso, ele analisou 36 azeites: 21 extra virgens, 8 virgens e 7 refinados. Comprados em Braga ou online, eles vieram de Portugal, Espanha, Itália e Grécia. Usando técnicas de ressonância magnética no domínio do tempo, ele conseguiu fazer uma comparação. "Imagina que estás numa orquestra e consegues ouvir os sons de todos os instrumentos. Para ouvir apenas um, seria preciso mudar o domínio do tempo, para o da frequência, e separar o som. Como é do domínio do tempo, temos acesso a toda a orquestra, isto é, vemos se cada azeite tem as caraterísticas certas", disse Vasco Santos ao site Correio da Beira Serra.


E porque é que esta mistura com refinados é um grande problema? Bem, a classificação de um azeite está relacionada com as suas propriedades físico-químicas e o seu processo de fabricação. Aquecer o azeite, como fazem os refinados, reduz as suas propriedades saudáveis, enquanto os extra virgens e virgens mantêm a sua integridade. Isto não é apenas uma questão de gosto, mas também de saúde.


Da próxima vez que mergulhares o pão no azeite, certifica-te de que é mesmo autêntico - há quem consiga perceber só pela cor e sabor.