O designer japonês Jun Takahashi, fundador da marca Undercover, está nas bocas do mundo por causa da sua nova coleção, mas não é pelas melhores razões. Após apresentar vestidos "terrarium", durante o desfile primavera-verão 2024, em Paris, que incluíam borboletas vivas, o estilista viu-se no centro de uma polémica que já pôs a PETA ao barulho.


Numa carta que enviou ao grupo de defesa dos direitos dos animais, divulgada à CNN, Takahashi expressa o seu arrependimento, admitindo: "Lamento ter aprisionado borboletas que podiam voar livremente no céu". A PETA alertou o designer de que muitas vezes as borboletas usadas em eventos públicos são retiradas da natureza ou criadas em cativeiro, enfrentando condições adversas durante o transporte.

No comunicado, a PETA citou a Associação Norte-Americana de Borboletas e destaca que até mesmo casamentos já evitaram o uso de borboletas devido à alta taxa de mortalidade durante o transporte. No entanto, o estilista defendeu-se, afirmando que as borboletas usadas no seu desfile foram encomendadas a um criador "ético", recebendo cuidados apropriados e espaço adequado.



Ainda assim, o problema não se encontra resolvido. Segundo a PETA, mesmo as borboletas criadas em cativeiro enfrentam dificuldades quando libertadas na natureza, uma vez que têm de lutar para "encontrar fontes de alimento e raramente sobrevivem".

Takahashi revelou ter uma conexão especial com borboletas, desenvolvendo uma afinidade por estes insetos há duas décadas, durante o funeral da sua avó. Ele partilhou que uma borboleta branca o acompanhou, fazendo-o sentir a proximidade da sua avó.

Entretanto o designer de moda e a PETA reuniram-se e tiveram aquilo a que chamaram uma "discussão construtiva".