Mulheres que comem sozinhas podem ter maior risco de doenças, diz estudo
O MAIOR RISCO É O DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES QUE TENDEM A AUMENTAR COM A IDADE
Se comer sozinho até pode ser agradável, de vez em quando, em casa, de tabuleiro a ver uma série, já ter refeições continuamente a sós não é assim tão aconselhável.
Isto porque a solidão está associada à depressão e como esta é uma das causas das doenças cardiovasculares pode ser prejudicial para o coração.
Têm sido várias as mudanças, nos dias de hoje, que têm contribuído para fazer refeições sem companhia, nomeadamente a pandemia que isolou as pessoas ainda mais e, também, as entregas de refeições ao domicílio.
Além do problema de isolamento, as normalizações destas entregas têm contribuído para um maior risco de obesidade que se agrava com o facto de se comer sozinho.
Mas de que forma?
Este estudo teve como objetivo “investigar diferenças nos comportamentos de saúde, no estado nutricional e na probabilidade de ter doenças cardiovasculares e fatores de risco, de acordo com a presença de um companheiro alimentar em mulheres idosas”.
A pesquisa contou com a presença de quase 600 mulheres na menopausa, com idade superior a 65, anos e os resultados podem ser transtornantes.
As idosas que comem sozinhas têm uma probabilidade de 2,58% de contrair angina, uma dor no peito causada pela insuficiência do fluxo sanguíneo em chegar ao coração.
Stephanie Faubion, diretora médica da The North American Menopause Society, organização responsável pela "Menopause", revista onde foram publicados os resultados do estudo, fez a seguinte conclusão face ao estudo:
“Estes resultados não são surpreendentes, dado que o estatuto socioeconómico mais baixo e o isolamento social contribuem para reduzir a qualidade de vida, aumentar as taxas de depressão e piorar a saúde”.