Em Portugal, já há restaurantes a cobrar por se pedir para aquecer comida

O AUMENTO DOS CUSTOS DE VÁRIOS RESTAURANTES TEM JUSTIFICADO A APLICAÇÃO DE TAXAS EXTRA NA FATURA



As novas regras de vários restaurantes parece que vieram para ficar... Cobrar a quem pede um prato para dividir comida, cobrar a quem pede uma colher para dividir sobremesa, cobrar a quem pede para prensar um croissant ou para aquecer um folhado, cobrar a quem pede um copo de água...


Há algumas semanas, surgiu uma notícia que dava conta de que um casal pagou 1,5€ pela utilização de duas colheres para dividir a sobremesa. Aconteceu em Cuneo, uma cidade italiana, e, rapidamente, o sucedido foi comentado por cá.


Houve uma outra notícia que revelou que, no Lago Como, na Lombardia, dois clientes viram ser-lhes cobrados mais 2€ por terem dividido uma torrada com abacate. Os responsáveis justificaram o preço ao dizerem que foi utilizada mais louça e ainda que a mesa foi ocupada por duas pessoas, sendo que foi só pedido um prato, tal como contou a CNN Portugal.


Por cá, muitos portugueses acham estas regras abusivas, mas, na verdade, existem vários estabelecimentos que já as estão a aplicar nas faturas.


É o caso da churrasqueira Sol Nascente, em Albufeira, que cobrou a um cliente 1,5€ por um prato vazio para dividir. Também se verificou o mesmo na pastelaria Rebuçado, em Loures, na qual é cobrado 0,45 cêntimos por prensar um croissant.


Este estabelecimentou adotou a prática "há alguns anos", segundo o Observador, que falou com o gerente, que afirmou que "é preciso ligar a tostadeira de propósito para prensar um croissant, o que significa um custo acrescido".


No entanto, esta taxa de serviço não se estende a uma tosta mista ou a torrada, "cujo preço é constituído a pensar no aquecimento", mas "com uma sandes ou um croissant que levam uma 'entaladela' não é bem assim".


O mesmo gerente afirmou ainda que "a energia é uma das coisas mais caras", pelo que esta taxa adicional vem compensar esse custo extra.


Estas declarações foram partilhadas no Instagram do Observador, onde a caixa de comentários se encheu com opiniões concordantes e discordantes.


Entre elas, destacam-se: "É simples, não se volta a esse estabelecimento", "Só agora é que contabilizam o custo de lavar mais um prato ou de aquecer um produto!?!? Nunca foi assim", "Os impostos de um restaurante não são os mesmos lá de casa, então cresçam e apareçam, não têm dinheiro, ficam em casa" e ainda "O copo de água da torneira não se lava sozinho, o prato para dividir a comida não se lava sozinho, o gelo para a bebida precisa de equipamento hoteleiro e eletricidade para produzir, a rodela de limão para a bebida, o café paga o limão. O que é que está errado aqui? Ah! Portugal é um país de pobres que fazem filas de 3 dias para ir ver os Toca Frio, mas pagar 20 cêntimos por um serviço que consome recursos é escandaloso!!! Ganhem vergonha na cara ou sejam empreendedores e criem negócios para o que dói e custa!!!



Se estes serviços extra estão a ser cobrados, já os copos de água da torneira não o podem ser.


A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) esclareceu, na semana passada, que "os estabelecimentos de restauração e bebidas passaram a ser obrigados a disponibilizar aos clientes água da torneira e copos não descartáveis para consumo no local, não podendo cobrar qualquer valor", de acordo com o Público.




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