Foi em março de 2018 que, em Portugal, passou a ser proibido que os estabelecimentos comerciais exibissem "animais nas montras ou vitrinas", tal como escreveu, na altura, a TSF.
Esta nova lei fez com que os animais desaparecessem das montras, mas estes mantiveram-se dentro desses estabelecimentos comerciais para venda.
Ao contrário do que acontece em Portugal, Nova Iorque proibiu, na passada quinta-feira, a venda de cães, gatos e coelhos em lojas de animais.
A nova lei pretende "combater a criação comercial em massa", de acordo com o site Notícias ao Minuto, e proíbe ainda os criadores de vender mais do que nove animais por ano.
Tudo indica que esta medida vai entrar em vigor em 2024 e o próximo ano vai servir para que se estabeleça, de acordo com a Associated Press, "uma parceria entre as lojas e os abrigos, que poderão auxiliar na adoção de animais resgatados ou abandonados".
No que toca à venda de animais, a "indústria da criação em massa trata os animais como 'mercadorias'" e quem o diz é o senador democrata Michael Gianaris, citado pela Associated Press. Este senador referiu que "Nova Iorque tem tendência a ser um grande comprador e aproveitador dessas criações e estamos a tentar cortar a procura no nível comercial".
No entanto, por outro lado, as lojas de animais mostram-se contra esta nova legislação. Argumentam que esta lei pode provocar o encerramento de vários estabelecimentos, uma vez que, de acordo com um comerciante, citado pela Associated Press, "noventa por cento do nosso negócio é vender cães, não vamos sobreviver a isto" e ainda que "a lei é injusta para com as lojas que trabalham com criadores responsáveis".
Esta nova lei não vai afetar quem vende animais nascidos e criados na sua casa. Neste caso, Lisa Haney, que cria cães hipoalergénicos em casa com a ajuda do marido, apoiou a medida, uma vez que, na sua opinião, vai fazer com que "os compradores fiquem mais cientes de onde é que vêm os animais".
Na opinião da mesma criadora de cães, em declarações à Associated Press, "se um consumidor visitasse uma ‘fábrica’ e visse as péssimas condições, não compraria esses animais".
Com a proibição de venda de cães, gatos e coelhos em lojas de animais, Nova Iorque junta-se a outros estados, como Califórnia, Illinois e Maryland, que instituíram proibições semelhantes.