Não estranhes se te cruzares com vídeos chineses de venda online de lingerie e apenas encontrares homens. A lei é clara: na China, as mulheres estão proibidas de aparecerem em lingerie online e, se as lojas não quiserem ver o seu negócio fechado, têm de encontrar alternativas, como esta: substituir as modelos mulheres por modelos homens.
Estamos a falar de um país onde os negócios online valem mais de 700 mil milhões de euros. Segundo os dados apresentados pelo New York Post, 10% do comércio online é representado pela venda de roupa. É inegável o poder deste tipo de comércio e, por isso, são muitas as lojas que se adaptaram a esta nova lei para não perderem o seu negócio.
Dessa forma, no que toca à venda de lingerie, as mulheres deixaram de aparecer para serem substituídas por modelos homens.
Aqui o que levantou maior polémica foi o facto de esta nova lei estar a tirar oportunidades às mulheres. "Isto está a privar as mulheres das suas oportunidades de trabalho", lê-se num dos comentários citado pelo New York Post.
No entanto, esta alternativa encontrada pelas lojas online levanta uma outra questão.
Segundo a Reuters, a China ordenou, em setembro do ano passado, a todas as emissoras que evitem artistas com "posições políticas incorretas" e estilos "afeminados". E com isto, as autoridades referem-se aos "artistas masculinos que usam maquilhagem e cabelos cuidadosamente penteados e que projetam uma imagem feminina", escreve a Reuters.