Esta sexta-feira assinala-se uma data que merece a nossa melhor atenção: é o Dia Internacional da Consciencialização sobre Perdas e Desperdício Alimentar. O desperdício alimentar é ainda um problema nos dias de hoje e tem de ser combatido. Os números são assustadores e revelam a urgência de termos de agir já.

25% da água doce é direcionada para cultivar alimentos que nunca chegarão às nossas mesas, alertou o diretor do movimento "Unidos contra o Desperdício", à agência Lusa.

Portugal, por exemplo, enfrenta uma situação preocupante, onde cada cidadão desperdiça em média 184 quilos de alimentos por ano. É um número muito grande e que daria para acabar com a fome de muitas pessoas. Este número põe-nos num ranking que não nos orgulha: Portugal é o quarto país mais desperdiçador da Europa. A União Europeia mantém os valores astronómicos com um desperdício no total de 88 milhões de toneladas de alimentos por ano.



A verdade é que o desperdício alimentar ainda não é prioridade para a maioria das pessoas. Apesar do constante aumento do preço dos alimentos, ainda há muitas famílias a deitarem comida para o lixo, sobretudo em épocas festivas, com o Natal, onde a abundância à mesa é recorrente. Ainda assim, apesar de os dados serem desanimadores, a verdade é que têm surgido cada vez mais movimentos, como "Unidos contra o Desperdício", que reúnem instituições para combater o desperdício alimentar.

Há também cada vez mais dicas para evitar o desperdício alimentar. Desde fazer uma lista de compras, ter menos olhos que barriga, na hora de pedir comida em restaurantes, não ter vergonha de levar as sobras para casa e ser criativo na cozinha, são vários os passos simples que podes adotar e que podem fazer uma grande diferença no que toca ao desperdício alimentar.


É vital perceber que até pequenos atos, como deitar fora um iogurte fora do prazo ou deixar que uma maçã apodreça, têm um impacto significativo no desperdício global de alimentos.

A ONU estabeleceu uma meta ambiciosa: reduzir para metade o desperdício alimentar global até 2030. Embora seja um desafio considerável, metas ambiciosas são necessárias para manter o foco neste problema urgente.