O Estádio da Luz encheu e vibrou ao som de Taylor Swift em dois concertos esgotados, com muitos pedidos à mistura e tentativas de venda de bilhetes a preços insólitos.

“Deixei o meu coração em Lisboa”, disse a cantora na despedida e agora sabe-se que a emoção na estreia em Portugal deixou mais um marco no nosso país.


A energia dos fãs foi tanta que foi registada atividade sísmica em Lisboa, no segundo e último concerto, no sábado, durante uma música muito específica.


Avaliada em 0,82 na escala de Richter, a música “Shake It Off”, lançada em 2014, que integra o álbum 1989, conseguiu deixar toda a capital a mexer, mesmo quem não estava no Estádio.

Também as músicas de outras ‘Eras’, como “You Belong With Me”, com uma magnitude de 0,80, “Love Story”, com 0,72 e “We Are Never Ever Getting Back Together”, com 0,61 fizeram tremer Lisboa por uma boa razão.


O impacto de Taylor Swift foi registado em cerca de nove estações sísmicas na capital portuguesa.



A maior atividade sísmica foi sentida na Escola Básica Professor Delfim Santos, nas Laranjeiras, a que se encontrava mais perto do Estádio da Luz.


De acordo com a sismóloga e professora na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), Susana Custódio, revelou ao Público que o impacto do concerto “registou-se em toda a cidade de Lisboa”.

Apesar de tudo, refere que a atividade sísmica de um concerto e um sismo “são difíceis de comparar”.


"Os sismos têm uma libertação de energia muito breve no tempo – são eventos muito pontuais, que libertam muita energia num intervalo muito curto de tempo”. “Aqui estamos a falar de uma libertação de energia ao longo de vários minutos durante uma música. Portanto, as escalas de magnitude não são bem as mesmas", revela Susana Custódio ao mesmo meio.


Também como forma de dar as boas-vindas ou em jeito de despedida, a vibração dos concertos, em menor escala, chegou ao aeroporto de Lisboa que está a cerca de seis quilómetros de distância do local do concerto, o que mostra o poder da cantora norte-americana.


Este fenómeno, no entanto, não é novidade nos concertos de Taylor Swift e até já tem nome: “Swift Quakes”.

O ano passado, vários sismógrafos registaram atividade sísmica ao longo dos concertos da norte-americana em Seattle, nos Estados Unidos, quando as ondas sísmicas atingiram o equivalente a uma magnitude de 2.3 na escala de Richter.



(Imagens: Reuters)