Se nunca praticaste desportos em relva artificial, talvez nunca tenhas pensado nisto, mas quem o faz sabe bem o que é o desconforto causado pela relva, que absorve e irradia o calor, nos dias mais quentes.


Imagina jogares futebol num campo de relva artificial, naqueles dias mesmo quentes. Não só o ambiente fica mais quente, o que provoca um maior cansaço, como também é perigoso, porque ao caíres a probabilidade de provocar queimaduras é alta.


Agora, uma inovação fascinante promete transformar esta experiência. Está a ser desenvolvida uma nova geração de relva artificial com capacidade de auto-arrefecimento, uma verdadeira revolução para atletas de relvados artificiais. Este sistema é capaz de absorver a água da chuva e evaporá-la lentamente nos dias quentes, mantendo a superfície mais fresca do que até a relva natural.


Os investigadores do programa Top Consortia for Knowledge and Innovation (TKI), que criaram este projeto denominado CitySports, explicam que a técnica usada é similar àquela que mantém a relva natural fresca. Para já, e segundo o site BGR, esta relva artificial está a ser utilizada em países como o Japão, Reino Unido e Países Baixos. Ainda que seja um projeto embrionário já está a atrair o interesse de muitos clubes e associações desportivas.



A ideia foi inspirada nos telhados verdes, que armazenam água da chuva para reduzir a temperatura da superfície. Segundo o mesmo site, durante os testes, concluiu-se que, com este método, a nova relva não ultrapassa os 37 graus Celsius, apenas 1,7 graus mais quente que um campo de relva natural. Sem este método inovador, a relva artificial convencional pode ultrapassar os 60 graus Celsius.


Quem sabe se esta ideia não chega, entretanto, a Portugal e passe a ser possível jogar ténis, futebol ou rugby, em relvados artificiais, naqueles dias de verão, sem a preocupação de ficares tão exausto - e esfolado ou queimado - sempre que caíres.