A partir de outubro, os telemóveis vão ser banidos das escolas públicas deste país

Quem nunca usou o telemóvel, às escondidas do professor, dentro da sala de aula? Fosse para matar o tédio ou para procurar respostas às perguntas dos testes, já toda a gente - ou quase - já correu o risco de ser apanhado com o telemóvel nas aulas.

Pois que nestas escolas públicas, esse problema vai deixar de existir, com apenas uma simples medida: os telemóveis vão começar a ser proibidos nas escolas, durante o horário escolar.

É uma proposta que vai avançar já no dia 9 de outubro. As escolas públicas de Nova Gales do Sul, na Austrália, vão proibir a entrada de telemóveis, por considerarem estes dispositivos uma "distração desnecessária", considerou o primeiro-ministro, Chris Minns, ao The Daily Telegraph. "É hora de criar melhores ambientes propícios à aprendizagem."

E como é que essa proibição vai ser posta em prática? Segundo o primeiro-ministro, estão a ser avaliados armários com fechadura para serem colocados fora da sala de aula. Assim, durante as aulas, o recreio e a hora do almoço, os alunos estarão proibidos de mexer no telemóvel, recolhendo-o apenas à saída.

Desta forma, não só a atenção dos alunos é mais focada nas aulas, sem a tentação de mexer no telemóvel, como também não haverá espaço para o cyberbullying.

Será esta a forma mais eficaz para melhorar o desempenho dos alunos nas escolas?

Joanne Orlando, especialista digital da Universidade de Sydney, refere ao The Guardian que os estudos indicam que a proibição de telemóveis nas escolas não melhora necessariamente os resultados académicos, uma vez que os alunos não os usam assim tanto durante as aulas. Joanne Orlando considera que a solução passa antes pelo educar os jovens sobre como gerir melhor o seu tempo ao telemóvel.

"Precisamos de pensar em como ensinamos os jovens a usar os telemóveis de maneira realmente produtiva para a escola e o trabalho. Se os proibimos, teremos outro problema. A fiscalização é difícil e requer dinheiro, que pode ser antes usado no ensino das crianças."