O Tremor da Silly Season por Duarte Pita Negrão

O Duarte tem opiniões. Fundamentadas? Ahah Não. Sérias? Hmmm também não. Valem a pena? Errr… boa pergunta!



Em plena silly season, surge um herói inesperado.

Em plena época em que a televisão não passa nada de jeito, aparece um conteúdo salvador.

E ainda bem, porque vivemos uma época em que o telejornal acha por bem encerrar com fotografias de praias mandadas por veraneantes.

Às vezes pergunto-me “Está a valer encerrar o telejornal assim?”, mas depois penso: “Claro que está. Se o “Olhó Verão” está a valer, está tudo a valer!”

Para quem não sabe o que é o “Olhó Verão”, é um programa em que a Joana Latino (ruiva) e o Nuno Pereira (não ruiva) percorrem Portugal de cima a baixo a provar comidinha da boa.

É um programa leve, como esta época…

Mas finalmente, eis que chegou, na segunda-feira, pelas 05h11 da madrugada, um tremor que veio abalar a silly season.

Uma espécie de herói para nos dar alguma coisa que falar.

Um herói perfeito, ou melhor, uma quase tragédia perfeita.

Não estragou, não feriu, só deu alguma inquietação e, mais importante de tudo, deu-nos algo para falarmos.

Acordaste? Não acordaste? Foste procurar à net? Ficaste só na cama?

Levantaste-te a correr para ires apagar o histórico do motor de busca? (sim!)

E, na esteira, como acontece em qualquer evento, surgiram os especialistas. Falamos da escala de Richter, da escala de Mercalli? Qual o melhor sítio para estar durante um terramoto? Debaixo da ombreira da porta? Num descampado? Pessoalmente, eu acredito que é melhor estar noutro sítio onde não haja um terramoto.

Eu acordei um pouco antes do terramoto. Quando aconteceu, acordei a minha mulher e disse-lhe para ela tomar conta de um dos nossos filhos enquanto fui buscar o outro. Como nenhum acordou e o abalo parou, voltei para a cama e fui dormir.

Inicialmente nem senti medo, mas, passados uns segundos, aquilo não estava a parar e eu pensei “Oh diacho.” Mas parou, e ainda bem, porque eu não saberia o que fazer se tivesse continuado.

Entretanto estamos bem, porque esta experiência ensinou-me tudo o que tinha que saber quando estou num sismo.

O melhor a fazer em caso de terramoto é ir ao instagram publicar sobre isso e depois logo se vê.




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