Ainda estamos a lidar com a morte de Bobi, que morreu na semana passada, e já há quem peça para se investigar a idade deste cão, considerado, em fevereiro deste ano, o mais velho do mundo pelo Guinness. Veterinários britânicos estão desconfiados com a real idade de Bobi, que viveu até aos 31 anos, o equivalente a 200 anos humanos.


Em fevereiro deste ano, Bobi fez história ao ser reconhecido pelo Guinness World Records por ter vivido uma vida canina tão incrível que alcançou a impressionante marca de 31 anos e 165 dias. Na altura, Bobi foi protagonista de inúmeras notícias tanto cá em Portugal, como lá fora. Era um grande marco, nunca um cão tinha vivido tantos anos.
Agora, há quem desconfie da idade de Bobi. "Isto é o equivalente a um ser humano viver mais de 200 anos, o que não é plausível, tendo em conta as nossas capacidades médicas atuais", argumentou o cético veterinário Danny Chambers, membro do Colégio Real de Cirurgiões Veterinários britânico, citado pelo The Guardian. Para ele, "alegações extraordinárias requerem provas extraordinárias", e até o momento, essas provas extraordinárias não haviam sido apresentadas.

No meio de toda esta controvérsia, o porta-voz do Guinness World Records afirmou que estavam "cientes das questões relacionadas com a idade de Bobi e estavam a analisá-las". Enquanto isso, Andrew Knight, um professor emérito de bem-estar veterinário, trouxe um ponto interessante à discussão: "Houve outros cães muito velhos ao longo da história". Ele sugeriu que seria útil comparar Bobi com outros cães que também alcançaram idades notáveis.


Para os donos de Bobi, a idade nem é uma questão, já que a mãe dele viveu 18 anos, o que também já é considerado raro. Bobi destronou o lugar do até então cão mais velho do mundo, o chihuahua Spike, dos Estados Unidos, que faleceu, em 2022, com 23 anos e sete dias. Antes de Spike, era Bluey, da Austrália, quem tinha vivido mais anos: com 29 anos e cinco meses de idade, antes de partir em 1939.