De certeza que já ouviste falar do ChatGPT.

Se o assunto não te invandiu as redes sociais ou não te chegou pelas notícias é possível que os teus filhos ou sobrinhos te tenham dado a conhecer esta nova plataforma de inteligência artificial, que está a dar que falar.


Se não sabes, de todo, do que se trata, aqui fica:

ChatGPT significa Chat Generative Pre-Trained Transformer e é, de acordo com Marco Gouveia, consultor e formador de Marketing Digital, citado pelo Marketeer, "um software programado para gerar textos numa linguagem natural, de maneira semelhante a um humano".


Tornou-se conhecido do público a 30 de novembro do ano passado e, rapidamente, chegou a mais de 100 milhões de utilizadores - sim, 100 milhões! -, tal como avançou o jornal Eco.


A ferramenta de inteligência artifical conquistou as pessoas pela forma como é capaz de responder detalhadamente a perguntas complexas, seja sobre que assunto for. Escreve, se for incitado a isso, documentos de todo o tipo, como peças jornalísticas, respostas a testes ou exames, linhas de código e, adivinha, até livros!


Há uns dias, a agência Reuters revelou que a Amazon tem cerca de 200 livros à venda que foram escritos com a ajuda do ChatGPT. Neste momento, a ferramenta está a ser vista como uma ameaça para os escritores e até para os revisores e editores de texto.


Têm chegado alguns exemplos dos livros que foram escritos pelo ChatGPT, como é o caso de "ChatGPT sobre ChatGPT: A Inteligência Artificial Explica-se", que custa, em papel, 11 euros, e também "O Esquilozinho Sábio". Este último foi escrito por um vendedor de Rochester, em Nova Iorque, que tinha o sonho de escrever um livro e fê-lo com a ajuda desta ferramenta.



Perante o ChatGPT, que está a revolucionar a forma como as pessoas procuram por respostas às suas perguntas, surgem alguns alertas. A diretora executiva da Authors Guild - a maior e mais antiga organização de escritores profissionais dos Estados Unidos -, de acordo com a SIC Notícias, afirmou que os livros escritos pelo ChatGPT "inundarão o mercado e muitos autores ficarão desempregados".


Além dos livros que já foram escritos pela ferramenta, já houve quem fizesse exames e testes com esta, para os alunos, "preciosa" ajuda. No entanto, a ideia não funcionou lá muito bem para vinte estudantes da Universidade de Estrasburgo, em França. Estes utilizaram o ChatGPT para um exame à distância, mas viram-se obrigados a repetir a prova depois de as respostas terem saído iguais.


São já vários os professores que também se têm mostrado contra a plataforma, uma vez que pode ser utilizada como "instrumento de plágio" durante os testes e até nos trabalhos de casa, de acordo com o Público.


Posto isto, resta dizer que nem tudo o que a plataforma promete fazer é benéfico para quem a utiliza!