Já deste por ti a ter medo de uma coisa e a não conseguires parar de a ver? O medo é uma das sensações mais abominadas pelo homem, mas ao mesmo tempo o terror é um dos géneros de filme mais vistos em cinema. Este paradoxo foi objeto de pesquisa num estudo feito por cientistas filandeses que mostra como é que os filmes de terror manipulam a atividade cerebral para aumentar a sensação de excitamento.


Estes cientistas da Universidade de Turku, na Finlândia, queriam, sobretudo, saber a razão pela qual algumas pessoas são atraídas pelo terror como entretenimento e analisou a atividade cerebral de 37 participantes enquanto assistiam a dois filmes de terror, The Conjuring 2 - A Evocação e Insidious: A Última Chave.



Os participantes deste estudo também não foram escolhidos aleatoriamente. Do total, 72% disse que assistia a, pelo menos, um filme de terror a cada seis meses porque gostavam da sensação de medo e ansiedade que sentiam.


Ora, segundo este estudo, existem dois tipos de medo em que o cérebro antecipa uma resposta a ameaças. O medo arrepiante que surge quando sentimos que algo não está certo e a resposta instintiva que é também conhecido como “susto de salto”.

Ao longo da análise, os cientistas repararam que, durante os momentos em que a ansiedade está a aumentar, as regiões do cérebro envolvidas na perceção visual e auditiva tornam-se mais ativas. Isto porque os sinais de ameaça são maiores. E, quando há um choque repentino, a atividade cerebral em regiões que envolvem processamento emocional, avaliação de ameaças e tomada de decisão é mais evidente, permitindo, em última análise, uma resposta física rápida.

Isto mostra como o cérebro se antecipa e se prepara para a ação perante uma ameaça e como os filmes de terror influenciam este comportamento, daí o entusiasmo que algumas - muitas - pessoas sentem.

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